Síndrome ou Transtorno de Ansiedade

Síndrome da Pressa Crônica

(Por Andrio JR Santos)

Pessoa Organizada. Fissurada no relógio. Produtiva. No geral, alguém dentro dos padrões da sociedade moderna. No entanto, muito psicólogos já alertam sobre como a pressa surge em muitas pessoas sem estímulos justificáveis.

Longos períodos de correria acabam por condicionar a pessoa a viver de uma maneira a qual ela não precisa. A distinção entre normalidade e algo realmente preocupante, nesse caso, é sutil. Geralmente, os casos não são classificados como “doenças”, mas como Transtornos Obsessivos. Um sentimento de pressa sem motivo.

Os sintomas mais comuns são quando, mesmo em férias, por exemplo, algo relativamente simples pode causar urgência, pressa, fazer com que a pessoa perca a calma e estoure repentinamente. Quem fica irritado quando o sinal fecha, mas não está atrasado para nada, provavelmente é uma possível vítima da pressa crônica.

Para os psicólogos, já está claro que a pressa crônica é algo que exige tratamento. Mas também existem controvérsias. Há psicólogos que afirmam que os sintomas desta doença são os mesmos apresentados por quem sofre de Transtorno de Ansiedade Generalizado (TAG), uma doença com múltiplas causas. Quem apresenta TAG, costuma se preocupar de forma obsessiva com o que vai acontecer.

Independentemente de TAG ou pressa crônica, o importante é estar atento aos sintomas. Estar disposto a desacelerar e procurar auxílio especializado. Evitar que o sentimento de urgência possa interferir prejudicialmente no cotidiano, nas relações sociais e na saúde. O segredo é aceitar o problema, aprender a identificar o comportamento nocivo e assim substituí-lo aos poucos por hábitos saudáveis.

“A Síndrome da pressa crônica não é reconhecida como patologia pela Organização Mundial de Saúde e nem mesmo consta no manual diagnostico e DSM IV. É algo que ainda está em estudo, em análise, algo que causa muita contradição entre os pesquisadores, pois alguns falam na síndrome, outros se referem à Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Eu particularmente concordo que pode ser um dos quadros de TAG” – entende a Psicóloga Joselaine Garcia.