Nossa Velha Cruz Alta

(Por Andrio J.R. Santos)

Cruz Alta é uma cidade marcada por resquícios do passado. As construções mais antigas da cidade remetem ao século XVII. Quando se caminha pelas ruas da cidade, pode-se encontrar, apesar de não haver um estilo predefinido, resquícios de neoclássico — movimento cultural do fim do século XVIII — identificada com a retomada da cultura clássica por parte da Europa Ocidental. Nessa época, a relação entre a espécie humana e a natureza havia se transformado. Também houve uma mudança nas relações culturais e sociais.

Ainda dentro dos padrões neoclássicos, por mais que possa ser visto com certa retração, o Cemitério de Cruz Alta é uma fonte abundante em obras neste estilo, e também é onde repousam as únicas manifestações do gótico na cidade. “Quanto mais revitalizado nós tivermos este espaço, mais referencia nós vamos ter para poder contar aos nossos filhos, aos nossos netos, e mostrar na materialidade como era essa cidade do passado, porque é plenamente possível e necessário, inclusive, que essa cidade do passado possa conviver em harmonia com essa cidade do futuro.” – coloca o Secretário de Cultura Alex Della Mea, sobre a conservação das construções antigas de nossa cidade. 

Pode-se ver marcas também da arquitetura mesclada, conhecida como “colonial”, desenvolvida durante a colonização do Novo Mundo. Ainda, algo vindo de estilos como Art Déco, que representa a adaptação pela sociedade em geral dos princípios do cubismo, e Art Nouveau, que é caracterizada por formas orgânicas, fuga para a natureza, valorização do trabalho artesanal.