Relacionamentos

09/12/2011 09:27

 

Internet aproxima casais

Muitas histórias começam e terminam via web

(Por Elenara Oliveira)

 

Um mundo fascinante e de facilidades, essas são algumas das características da Internet - um dos meios mais rápidos de comunicação criado pelo homem e que se torna, hoje, uma preferência para muitos. A Internet deixou apenas de ser uma ferramenta de pesquisas, para ser, sem exageros, a companhia de muitas pessoas. Nela, além de compras, informações e entretenimento, tem-se um bom lugar para flertar ou, buscar a “alma gêmea”.

Encontros e desencontros via web

E não são apenas pessoas com dificuldades de relacionamento que utilizam a web como uma ferramenta para encontrar alguém, até homens e mulheres bem resolvidos e com opções de escolha optam por esta alternativa. Solteiros, casados, separados... enfim, uma gama de pessoas que entra em sites de relacionamento na pretensão de achar um caso, uma paixão ou até mesmo um amor que possa transformar-se em namoro e uma possível relação mais séria.

O início do relacionamento é muito parecido em todos os casos, na maioria começa com o aguço da curiosidade, da imaginação e da vontade de descobrir o novo, desvendar o que está por detrás da tela. Aos poucos vão se conhecendo, flertando em um toque mágico da imaginação. Alguns fantasiam o parceiro, um ser que pode ser construído no imaginário, na ficção. Muitas fantasias vão surgindo, a amizade começa a estreitar-se e, de repente, um sabe tudo a respeito do outro.

Nestes casos, explica a psicóloga Gabriela Malmann Fenner, “já trocam confidências e dividem problemas e sonhos, de um simples amigo virtual, a pessoa do outro lado do PC torna-se a inspiração dos seus dias, seu companheiro diário. Dessa forma as pessoas tendem a se falar todos os dias, e mesmo que tentem parar, em alguns casos é impossível, pois já virou como um vício”, avalia.

Roseli Garcia, fisioterapeuta, viveu há mais de um ano um caso que começou pela Internet. Ela e o seu “namorado” virtual já se conheciam pessoalmente, porém há muitos anos não se viam e a web aproximou os dois como que por acaso. Encontraram-se no Facebook, trocaram MSN e dali em diante, falavam-se quase todos os dias. “Era um vício, tínhamos uma necessidade de nos falar todos os dias. Eu contava as horas para chegar a segunda, por exemplo, e poder tecer com ele no computador”, explica.

No início ambos eram casados, ele separou-se e meses mais tarde ela também e após um ano de contatos virtuais, Roseli e Ricardo (advogado) encontraram-se pela primeira vez, então veio a segunda, a terceira... Roseli não forçou o namorado virtual a assumir uma relação mais séria, mesmo assim revela a importância de sua presença: “Ele foi um pilar de sustentação que tive para vários momentos da minha vida, ajudei ele na época em que se separou, assim como ele foi fundamental para eu enfrentar de cabeça erguida o final de meu relacionamento de 10 anos com outra pessoa”, depõe a fisioterapeuta. Hoje o namorado virtual tornou-se “ex”. Os motivos para o fim do relacionamento foram os modos de vida totalmente diferentes, a distância e, talvez, o medo de se entregarem.

O médico Augusto Polaro viveu um relacionamento na Internet com um final, até agora, pouco comum. Através da rede e um amigo em comum, conheceu a Márcia, dentista, e por um período de dois meses, correspondiam-se apenas virtualmente. O relacionamento virtual resultou no início do real, e há mais de três anos o casal está junto, porém agora noivos e com muitos planos para o futuro.

Alguns relacionamentos tem final feliz

Para o médico, na Internet, é o contrário do que acontece hoje em dia que é chegar e beijar. “Existe muita conversa sobre diversos assuntos, tudo começa com uma amizade”, mas ele pondera: “acredito que como tudo na vida até certo ponto é saudável, não pode transformar isso numa fantasia ou numa mentira. Hoje existem pessoas na internet dispostas a tudo e cuidado é fundamental”, diz.

Na opinião de profissionais, a maioria das mulheres realmente quer um envolvimento sério. Já os homens veem na internet um instrumento eficaz para encontros furtivos e casuais, em outras palavras: sexo sem compromisso. Gabriela ressalta que o homem e a mulher tem uma maneira muito diferente de encarar as coisas, porém essa diferença não significa que as relações iniciadas na Internet estejam fadadas a terminar em fracasso. Pesquisas indicam que apenas 2% das relações que nascem via web resultam em casamento. A grande maioria não ultrapassa o jantarzinho, uma ida ao motel ou uma viagem de fim de semana.

Relacionamentos virtuais exigem medidas de segurança

 

Há várias maneiras de haver um envolvimento virtual, no entanto, a pessoa deve seguir algumas precauções de segurança, ainda mais quando não se conhece quem está do outro lado do computador. “É importante jamais acreditar de cara no que a outra pessoa diz, e principalmente, não dar o endereço ou telefone a ela. Primeiro você deve conhecer a pessoa com quem está se relacionando para saber se ela merece ou não a sua confiança”, alerta a psicóloga Gabriela.

* Foram utilizados nomes fictícios para preservar a identidade das fontes

 

Confira  aqui   algumas dicas para ter cuidado nos relacionamentos estabelecidos via rede!