Laços Familiares

Emoção em reencontro após 37 anos        

Irmãs  gêmeas se comprometem a não perder mais o vínculo

(Por Elenara Oliveira)

O tempo pode separar as pessoas, mas o vínculo é algo que fica para sempre e o amor é um sentimento que quando verdadeiro jamais acaba. Assim pode-se definir a história das irmãs gêmeas Lúcia Eli Hanauer e Margarida Celi Siglimski, separadas pelo tempo e pelas circunstâncias há 37 anos. Nascidas em Lajeado em 1932 elas vieram para Crissiumal juntamente com os pais e os irmãos. Aliás, dos nove irmãos, somente as duas gêmeas ainda estão vivas.

Margarida e Lucia - juntas após 37 anos

Na região constituíram família. Lúcia casou-se e ficou residindo em Humaitá, já Margarida casou e foi embora para o Paraná. Ambas tiveram sete filhos e cada uma um casal de gêmeos. A vida traçou caminhos diferentes para as duas irmãs, enquanto Margarida viuvou quando grávida de quatro meses da filha caçula, Lúcia completou 60 anos de casada, comemorando Bodas de Diamante.

Para Margarida este tempo em que passaram distantes, sem ao menos saber notícias foi angustiante. “Senti muita falta dela”, emociona-se. Em quase quatro décadas, Margarida esteve uma vez em Humaitá. A irmã não estava e acabaram se desencontrando, depois disso perderam o contato.

Irmãs tem muito a contar depois de tanto tempo

A chance do reencontro surgiu quando Sídia (filha de Lúcia, que reside em Rondônia), foi em busca da tia. Enviava cartas pelos Correios sem sucesso, quando então através do INSS encontrou a tia Margarida. Depois de um mês de conversas por telefone, o momento do reencontro chegou. Indagada sobre a emoção de encontrar a irmã depois de tanto tempo, Lúcia depõe: “Mein Cot! Mandei a Margarida parar de chorar e dançamos uma peça (de música)”, ressalta ela misturando por vezes a língua alemã e a portuguesa.

A emoção do reencontro

As irmãs prometem que de agora em diante vão se encontrar sempre que possível, pelo menos uma vez ao ano para matar a saudade e colocar os papos em dia.