Por dentro da história

(Por Andrio J.R. dos Santos)

Você já se imaginou dentro da história daquele seu livro preferido? Ou no seguindo um enredo semelhante a série que está assistindo agora, perseguindo criaturas sobrenaturais ou desvendando crimes a partir da antropologia? Talvez ser um elfo ou um pirata, que foi carregado até o fim do mundo e agora precisa dar um jeito de escapar? Quem sabe ainda um Transformer?

Talvez algo assim já lhe tenha passado pela cabeça. Mas você pode mesmo fazer parte disso tudo. Como? Interação e criatividade. E como utilizar isso? Em um jogo chamado RPG.

Sessão RPG

Role Playing Game [RPG] é um jogo de interpretação de personagens ficcionais controlados pelo seu respectivo jogador. No teatro, os atores decoram seu script e interpretam personagens de ficção, seguindo o enredo pré-definido pelo autor. Em um jogo, as pessoas tomam decisões limitadas pelas regras, para ultrapassar desafios, ser melhor do que seus adversários e vencer o jogo. Quando se une o que há de melhor nesses dois universos, temos o RPG.

Uma partida de RPG consiste, basicamente, em um grupo de pessoas, onde uma delas assumirá o papel de narrador, e os demais serão os jogadores. Para enriquecer a partida, adicione livros de algum sistema de sua preferência, pois sem regras o narrador não irá convencer os jogadores dos rumos tomados pela história.

No game, jogadores assumem o papel de diferentes e inusitados personagens

Antes da partida, o narrador deverá orientar os jogadores - sempre seguindo as regras do sistema escolhido - para preencher a ficha do personagem. Nela encontramos informações essenciais como, por exemplo, força, resistência, inteligência, detalhes sobre a personalidade, perícias, entre outros.

“Já joguei muitas coisas, mas com certeza o que mais me chama a atenção são cenários que tenham algum elemento de oriental. Meus personagens sempre apresentam alguma característica assim e, se possível, desenvolvo bem certas peculiaridades da personalidade dele de acordo com a cultura oriental. Sempre tive afinidade com esses costume, e carrego isso para o RPG.” – diz Diego Mattos, Engenheiro Elétrico.

Os acontecimentos vão sendo narrados, os jogadores seguem imaginando tudo o que acontece. E quando um personagem precisa tomar uma atitude, o jogador em questão diz ao narrador o que pretende fazer, em seguida, são jogados dados. Dependendo do valor obtido, o ato é realizado com sucesso ou não.

Os dados são peças fundamentais em um RPG, e eles não se limitam nos dados de 6 lados tradicionais. Existe uma variedade, alguns mais raros e usados apenas por determinados sistemas, e podem ser chamados pela letra "D" seguida pela quantidade de lados. Assim, teremos para o dado de 8 lados, o nome D8 assim como para o dado de 12 lados, o nome D12.

Dados especiais para jogar RPG

Para não limitar a quantidade de personagens ao número de jogadores, é comum haver muitos personagens controlados pelo narrador. São conhecidos como NPC - sigla de Non-Player Character. Eles servem para enriquecer a história, dando informações úteis aos personagens ou para atrapalhar a vida deles, servindo de adversários.

Cada sessão de RPG é uma experiência única. É impossível o narrador ter controle total da história, pois nunca se sabe o que os jogadores irão decidir diante das adversidades criadas no decorrer do caminho. Após certos eventos, o narrador irá distribuir pontos de experiência para os personagens - baseado nas regras do sistema - permitindo que eles evoluam seus atributos, tornando a partida ainda mais interessante.

“O que eu sempre gosto mais nos jogos são as possibilidades. Você ser o que quiser e fazer o que quiser. Jogo com personagens inspirados em protagonistas das séries e filmes que vejo. Gosto muito do medieval, principalmente para se jogar com guerreiros e afins”. – coloca Evandro Enriques, garçom.

Confira aqui material sobre o Worlf RPG Fest 2011, que aconteceu em São Paulo!

Abaixo, o depoimento de Erik Filies, jogador de RPG: