Futebol

07/12/2011 07:30

 

Antes do gol é preciso driblar obstáculos

Meninos começam cada vez mais cedo a preparação para uma carreira promissora no futebol

 

(Por Elenara Oliveira)

 

A partida começa cedo. Os primeiros chutes são dados ainda na barriga da mãe. A torcida vibra logo com os primeiros passos. O caminho parece simples. As jogadas parecem ensaiadas. Mas, nessa disputa também é preciso driblar obstáculos. Dentro e fora das quatro linhas. O sonho de ser jogador de futebol motiva meninos do mundo todo. Mas 90 minutos não são suficientes para chegar à vitória. Uma boa carreira requer muito mais do que isso.

Para o humaitense Guilherme Lorenz, 17 anos, este sonho começou a se concretizar. Gui, como é mais conhecido pelos amigos e pela família, contou com a influência do pai, Neri Lorenz e de “Papico”, ex-jogador e técnico com quem conviveu.

Jovem jogador já corre atrás de seu sonho em time catarinense

 

Há um ano treina no Clube Atlético Juventus, de Seara, Santa Catarina, time pelo qual recentemente conquistou o título de Campeão Estadual de Categorias de Base da Região Oeste de SC. É o primeiro passo do volante rumo ao seu objetivo: jogar em um grande time e obter reconhecimento e estabilidade profissional.

Gui sabe que muitos obstáculos devem ser superados para realizar seu grande objetivo - a rotina cansativa dos treinos e jogos, a convivência com outros garotos e a distância da família - estes, ele diz que são os primeiros adversários.

“Convivo com pessoas totalmente diferentes, com atitudes e pensamentos individuais. Muitos só pensam neles e nunca em ajudar os outros”, revela.

Além disso, é preciso se concentrar nos estudos e deixar as angústias de lado, mas a força de vontade e o apoio encontrado na família são fundamentais nessa grande decisão.

A mãe Rose diz que no começo foi muito difícil, principalmente pela saudade e preocupação por não estar perto em momentos difíceis, como quando ficava doente. “Agora deu para acostumar, mas a preocupação continua, apesar de falar com ele todos os dias”, declara. O atleta diz que a saudade de casa é grande. “Não ter aquele abraço da mãe, o puxão de orelha e os carinhos do pai, é bem difícil”, desabafa.

Guilherme na companhia da família

 

Mas o gosto pelo futebol compensa. “Quando estou jogando me sinto feliz. Quando penso que este também é o sonho do meu pai, no dinheiro que posso conseguir, no desejo de ser alguém na vida, de ser um orgulho para minha cidade, acredito que todo o esforço vale a pena”, finaliza.

Os sonhos de futuros craques como Guilherme, são os sonhos de muitos outros meninos espalhados pelo Brasil, e aqui mesmo em Humaitá, onde passam por dificuldades e adversidades, mas não desistem de seu ideal: ser um ídolo do futebol.

Abaixo você confere o depoimento da mãe de Guilherme sobre a dificuldade colocada pela distância entre a família e o filho que busca de seu sonho:

 

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