Alerta na balança

21/11/2011 14:01

 

Cerca de 40% dos brasileiros sofrem com excesso de peso

(Por Andrio Jr. Santos)

 

O número de pessoas acima do peso ou obesas tem crescido em quantidades alarmantes. Em 2000, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a quantidade de obesos beirava 151 milhões. No ano passado, a doença já atingia cerca de 221 milhões de pessoas, um crescimento de 46% em uma década. No Brasil, cerca de 40% da população sofre com o sobrepeso ou com a obesidade.

O excesso de peso é visto pela OMS como um dos fatores para o desenvolvimento de distúrbios cardiovasculares, pressão alta, colesterol elevado, diabetes, alguns tipos de câncer (mama, endométrio e cólon), entre outros, além de comprometer a autoestima. Todavia, ao que se poderia imaginar, segundo a OMS o risco de problemas de saúde começa quando se está ligeiramente acima do peso, e aumenta na medida em que o índice de massa corporal (IMC) se torna maior.

O estilo de vida moderno pode ser um problema, e influenciar no aumento das taxas de obesidade, mas existe também a dificuldade das pessoas em aderir, mesmo que a longo prazo, a práticas regulares de controle do peso.

 

 

“A correria prejudica sim, pois as pessoas têm, hoje em dia, uma vida muito mais agitada. Durante o corre-corre do dia elas procuram alimentos de fácil preparo, como lanches e produtos congelados. Para as pessoas adquirirem hábitos mais saudáveis é necessário que haja uma conscientização dessas necessidades. Por exemplo, pessoas que realizam suas refeições em restaurantes teriam de fazer escolhas saudáveis no buffet, procurar fazer lanches mais saudáveis também, ao invés de pastéis comer frutas ou salada de frutas, barras de cereal. Tudo depende das escolhas que serão feitas em cada refeição” – coloca a nutricionista Carolina Arns, do Hospital São Vicente de Cruz Alta.

Preocupados com o crescimento acelerado desses índices, especialistas desenvolvem diferentes métodos de emagrecimento. Uma das técnicas que vêm sendo adotadas por alguns profissionais da área é a colocação da banda gástrica de silicone, ou como é mais conhecida, o balão insuflável.

O sistema Orbera é uma dessas alternativas. O aparelho visa a atender à população com sobrepeso, que não responde ao tratamento de medicamentos e de dietas restritivas e que não quer se submeter a um procedimento cirúrgico e seus riscos. Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pessoas com IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 27 kg/m2. Para calcular seu IMC, divida o peso em quilogramas pelo quadrado da altura -, o método possibilita a perda de 12% do peso inicial. Confira aqui mais informações sobre como calcular seu IMC e se você está com o peso ideal.

O dispositivo é inserido vazio no estômago do paciente sedado através de endoscopia, em ambiente hospitalar ou clínico. O balão então é preenchido com soro e azul de metileno (estéreis na quantidade de 400ml a 700ml), durando uma média de 20 minutos todo o procedimento. Dentro do estômago, o balão proporciona a sensação de saciedade, tanto pelo volume ocupado quanto pela localização em que é posicionado. Sua permanência no estômago é de seis a sete meses. Caso o nível de obesidade do paciente seja muito elevado, ele pode inserir um novo balão no intervalo de um mês após a retirada do primeiro.

 

 

Confira a entrevistas com a psicóloga Fernanda Schmitz, que fala sobre o processo de acompanhamento das pessoas submetidas a uma cirurgia de redução do Estômago

 

Psicóloga Fernanda Schmitz (mp3)

 

“Cada vez mais as pessoas estão recorrendo ao tratamento cirúrgico para o combate a obesidade. A cirurgia é indicada para pessoas com IMC (índice de massa corporal) maior a 35, associado a dificuldades como hipertensão, diabetes, entre outras. As complicações mais frequentes após a cirurgia, que podem ocorrer são: deficiências de vitaminas e minerais (principalmente B12), desnutrição proteica, anemias, desidratação, queda de cabelo, síndrome de dumping - diarreia e constipação, vômito, dor abdominal, entre muitas outras” – reforça a nutricionista.